GOLPE DO PIX


Banco é condenado a indenizar cliente que perdeu R$ 10 mil em 'golpe do PIX' pelas redes sociais

Quando percebeu golpe, cliente pediu que Bradesco bloqueasse transferências, mas instituição financeira não atendeu pedido. Justiça entendeu que houve "inércia" do banco

Decisão foi publicada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), em Salvador, e não cabe mais recurso.

O banco Bradesco foi condenado a indenizar em R$ 14 mil uma cliente de Salvador, que perdeu R$ 10 mil ao sofrer um "golpe do PIX'" pelas redes sociais. Nesta terça-feira (8), o g1 teve acesso à sentença da Justiça, que entendeu que houve inércia da instituição financeira.

A cliente fez três transferências bancárias para um estelionatário. Quando percebeu que havia sido vítima de um golpe, a mulher entrou em contato com o Bradesco, e pediu para que o banco bloqueasse as transações, mas o banco não atendeu o pedido.

Com isso, a mulher entrou com ação na Justiça e pediu a indenização por danos morais e materiais. O Bradesco defendeu que agiu corretamente, porque a responsabilidade seria da própria cliente, mas não conseguiu provar a alegação.
A Justiça não aceitou a justificativa e se baseou em uma súmula do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que afirma que as instituições financeiras devem responder por danos gerados por fraudes e delitos praticados por terceiros, em operações bancárias.

Para a Justiça, se há o risco de fraudes e delitos em operações bancárias, significa que há falha do banco no dever de segurança esperado pelos clientes, já que é responsabilidade das instituições financeiras impedirem que estelionatários consigam abrir contas bancárias com finalidade criminosa.
O Bradesco recorreu da primeira condenação, e a mesma decisão foi mantida pela Justiça. A sentença já transitou em julgado, portanto não é possível que o banco recorra novamente. O g1 entrou em contato com a instituição financeira, que ficou de se posicionar sobre o caso.
Ao perceber que foi vítima desse golpe, o cliente deve abrir imediatamente uma reclamação com a sua instituição financeira e solicitar o bloqueio daquele lançamento. Em seguida, o consumidor deve registrar um boletim de ocorrência e buscar todos os contatos possíveis com o seu banco para encontrar uma solução, sempre registrando as ligações, protocolos e, caso haja uma negativa do banco, o consumidor poderá buscar outras providências através dos órgãos de proteção ou por meio de um profissional de sua confiança".
Fonte G1 BA Por g1 BA




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